Joaquim de Carvalho suspeita de queima de arquivo em massacre da polícia que matou 26 suspeitos em MG

O jornalista do 247 fez uma thread sobre o assunto onde se solidariza com o repórter da Fórum Marcelo Hailer e aborda essa hipótese

Operação da Polícia Militar de Minas deixa 26 mortos/Foto: reprodução redes sociais
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Joaquim de Carvalho, jornalista do Brasil 247 e da TV 247, foi às redes sociais para divulgar suas suspeitas de que o massacre em Varginha (MG), operação policial que teve com saldo a morte de 26 suspeitos, tenha sido queima de arquivo. O detalhe é que nenhum policial ficou ferido.

Além disso, Carvalho se solidarizou com Marcelo Hailer, jornalista da Fórum, que vem sendo atacado por grupos bolsonaristas, apenas por denunciar o massacre policial.

“Solidariedade a Marcelo Hailer, da Revista Fórum, ameaçado de morte depois de publicar artigo sobre a operação da PM em Varginha, que terminou com 26 mortos, todos supostamente envolvidos em roubos a banco. Definiu a ação como ‘massacre’, e tudo indica que foi mesmo”, postou Carvalho.

“Não houve sobreviventes entre os supostamente criminosos - um deles era o caseiro da chácara. Vi algumas fotos das pessoas assassinadas. Tiros na cabeça, aparentemente à curta distância - um deles ficou com maxilar destruído”, destacou o jornalista.

“Outro fato que chama a atenção: Os carros apreendidos em uma das chácaras onde houve o tiroteio eram quentes - não tinham sido roubados. A pergunta é: Por que mataram todos, sem deixar um único sobrevivente?”, questionou Carvalho.

“Uma resposta possível é que tenha sido queima de arquivo. Importante: na investigação sobre o assalto a bancos em Botucatu, no ano passado, a polícia teria encontrado munição de lotes pertencentes à Polícia Civil de SP e coletes à prova de bala de empresa de segurança”, detalhou.

“Também teria sido apreendido com uma advogada, em outra operação em SP, notebook com mensagens que indicariam extorsão por parte de policiais civis. O caso foi relatado ao Ministério Público. Essa advogada, presa, seria ligada à quadrilha de ladrões de banco”, acrescentou Carvalho.

“As ameaças ao jornalista começaram depois de um post agressivo de Eduardo Bolsonaro. Será que essa família é incapaz de uma atitude que não implique no estímulo à barbárie?”, finalizou.

https://twitter.com/joaquimmonstrao/status/1455571122494312452
https://twitter.com/joaquimmonstrao/status/1455571126181113860
https://twitter.com/joaquimmonstrao/status/1455571129872130055

Apuração

O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) vai investigar a operação policial realizada em Varginha. O procurador André Ubaldino e os promotores Paula Ayres, Francisco Assis e Igor Serrano foram designados para colaborar com a procuradora de justiça titular, Elaine Claro, segundo o MP-MG.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais também vai apurar a operação.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública acredita que uma investigação deve ser feita para apurar a ação.