Passista barrada no Carnaval de 2019 por tatuagem de Bolsonaro diz que não apoia mais o presidente

"Parei e pensei: 'O que estou fazendo da minha vida?'", desabafou em entrevista a modelo Erika Canela, revelando ainda que, após a polêmica com a tatuagem, resolveu fazer greve de sexo, parar de beber e se dedicar aos estudos

Reprodução/Instagram
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A modelo Érika Canela entrou para o hall dos arrependidos de terem apoiado o presidente Jair Bolsonaro. Vencedora do concurso "Miss Bumbum" em 2016, a jovem foi barrada do desfile de Carnaval da Unidos de Vila Maria em São Paulo, no ano passado, por conta de uma tatuagem que fez em homenagem ao capitão da reserva.

Em entrevista ao Yahoo, a ex-passista desabafou, dizendo que não apoia mais o presidente. Ela não pensa, porém, pelo menos por enquanto, em apagar o desenho que retrata Bolsonaro fazendo seu tradicional gesto de "arminha" com as mãos.

"Ele deveria pensar mais antes de falar. Deveria se portar melhor como presidente. Isso é o que mais me decepcionou. Ele fala coisas sem necessidade. Tenho a tatuagem ainda, não vou apagar agora porque não me incomoda, mas talvez um dia eu apague sim", disse. 

À época do Carnaval do ano passado, Érika havia afirmado que Bolsonaro a "representa", mas a tatuagem incomodou a Unidos de Vila Maria, onde seria musa, e a agremiação vetou sua participação no desfile. 

Agora, mais de um ano depois, ela revelou que, após a polêmica, resolveu mudar de vida, voltar para sua cidade, Dracena (SP), e se dedicar aos estudos em uma faculdade de Medicina. Para isso, deixou o mundo do Instagram onde, segundo ela, era vista como objeto sexual, e chegou até mesmo a fazer greve de sexo. 

"Parei e pensei: 'O que estou fazendo da minha vida?'. Era vista como um objeto sexual. A faculdade de medicina surgiu por influência da minha família. Quase todos são médicos. Me dediquei, abdiquei de tudo, de redes sociais, tudo. Fiz um voto com Deus e fiquei sem beber, sem sair, sem sexo e sem Instagram até entrar no vestibular", revelou. 

Antes da tatuagem de Bolsonaro, Érika já havia causado polêmica ao tatuar o rosto de Donald Trump. Este desenho, sim, ela pensa em apagar. 

"Essa do Trump talvez me arrependa sim de ter feito. Fiz antes do Bolsonaro e só mostro para amigos próximos, nem publiquei nas redes sociais. Se não tivesse bem doida, não tivesse bebido, não teria feito", declarou.