Polícia encontra anaconda em chácara nos arredores de Brasília

Dono da chácara onde estava a serpente é suspeito de ser comerciante ilegal deste tipo de animal e teria, inclusive, vendido a naja que picou recentemente o jovem do DF e que ganhou repercussão nacional

Foto: Divulgação/Polícia Civil
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A Polícia Civil do Distrito Federal fez, nesta quita-feira (12), mais uma apreensão de animais silvestres criados em cativeiro. Dessa vez trata-se de uma Píton encontrada em Águas Lindas (GO), na casa de um homem identificado como Clemente Luz, que é vigilante. O acusado, suspeito de comercializar ilegalmente animais exóticos no DF, diz que achava que a serpente era uma sucuri.

A anaconda, que mede mais de 8 metros e tem 80 quilos, era alimentada com coelhos e, segundo Clemente Luz, a cobra circulava livremente pelo quintal da residência. No local, a polícia aprendeu outras serpentes e alguns animais peçonhentos que, de acordo com as investigações, eram comercializados pelo vigilante.

A polícia acredita que jovem Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkhul, que recentemente foi indiciado, com mais outras dez pessoas, após ser picado por uma naja, era um dos clientes de Clemente Luz.

Embora só tenha sido descoberto agora, Clemente Luz, que é ex-militar do Exército e aficionado por animais exóticos, atua nesse ramo ilegal há mais de 20 anos. “O esquema se parece com o tráfico internacional de drogas e armas”, relata o delegado responsável pela operação. A Polícia Civil já havia apreendido, com um morador de Vicente Pires, cliente do vigilante, outras serpentes e nada menos que três tubarões.

As cobras foram colocadas em uma caixa, com a ajuda do Corpo de Bombeiros, e transportadas até a delegacia. Clemente, que não estava me casa na hora da abordagem policial, foi até a delegacia nesta tarde e prestou depoimento.