CORONAVÍRUS

Justiça manda Luciano Hang afastar funcionários da Havan não vacinados

De acordo com a juíza, o empregador tem o dever de zelar pela saúde e segurança de seus empregados

Luciano Hang.Créditos: Leopoldo Silva/Agência Senado
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A Justiça do Trabalho mandou o empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das Lojas Havan, afastar todos os funcionários não vacinados contra a covid-19 na região do Vale do Paraíba. A decisão é liminar e ainda pode ser revertida.

A empresa foi notificada nesta quinta-feira (17). O prazo para a adequação é de 48 horas. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 5 mil.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação civil para que a empresa seja obrigada a exigir o comprovante de vacinação dos colaboradores. A juíza Denise Ferreira Bartolomucci, da 2.ª Vara do Trabalho de São José dos Campos, atendeu o pedido do órgão.

De acordo com a juíza, o empregador tem o dever de zelar pela saúde e segurança de seus empregados. Ela também cita o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em dezembro de 2020, autorizou a obrigatoriedade da imunização contra o novo coronavírus.

Trabalho remoto

A liminar determina que os funcionários que se recusam a tomar a vacina sejam colocados em trabalho remoto até o início do esquema vacinal. A exceção é para quem apresentar 'declaração médica com contraindicação justificada'.

A ação civil pública, proposta pela procuradora Celeste Maria Ramos Marques Medeiros, do MPT em São José dos Campos, acusa negligência da Havan no cumprimento das normas sanitárias na pandemia.

O Ministério Público enviou uma recomendação, antes de entrar com o processo, para que os funcionários não vacinados fossem afastados, mas o órgão alega que a empresa não seguiu a orientação por considerar que a medida seria 'discriminatória'.

A Havan não se manifestou sobre a determinação.

Com informações do Estadão Conteúdo