Randolfe e Ciro Nogueira batem boca antes de depoimento de Mandetta: 'Não precisa se desesperar pelo Planalto'

Senadores governistas atrasaram início da CPI do Genocídio com questionamentos sobre o plano de trabalho da comissão

Reprodução/TV Senado
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O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-PE), e o senador governista Ciro Nogueira (PP-PI), protagonizaram um bate boca na abertura dos trabalhos da comissão nesta terça-feira (4), dia em que o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, prestará depoimento ao colegiado.

O senador governista, junto com outros parlamentares aliados ao governo de Jair Bolsonaro, começaram a pedir questão de ordem ao presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-SP), questionando o plano de trabalho da CPI apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Randolfe então pediu a palavra para criticar a postura dos senadores.

"É toda sessão, homem. Parece que ficam embromando, empurrando com a barriga, atrasando o serviço. Estamos com depoente aqui esperando. O plano de trabalho já está consagrado. O Palácio do Planalto está tranquilo, não precisa ficar desesperado no nome deles", disse o vice-presidente da CPI a Ciro Nogueira.

"Desesperado está o senhor, que quer encobrir o desvio dos governadores", retrucou Ciro. Randolfe então respondeu: "Eu sou oposição ao governador do meu estado". "Não parece", criticou o senador governista.

Na sequência, o vice-presidente da CPI provocou Ciro Nogueira sobre ele e demais senadores governistas serem instruídos pela assessora especial da Secretaria de Assuntos Parlamentares da Presidência, Thais Amaral Moura. Ela é namorada de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

Segundo a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, Thais foi quem redigiu os requerimentos apresentados por senadores aliados ao governo federal na CPI da Covid.