Enquanto parte da oposição da Argentina difunde teorias conspiratórias contra a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya da Rússia, o presidente Alberto Fernández foi imunizado nesta quinta-feira (21) com a medicação.
Apesar de estar autorizada no país desde dezembro, o imunizante só recebeu permissão da ANMAT - a Anvisa da Argentina - para aplicação em pessoas maiores de 60 anos nesta semana. O mandatário possui 61 anos.
"Hoje recebi a vacina Sputnik V. Agradeço ao Instituto Gamaleya pelo seu trabalho científico, àqueles que trabalharam para que ela nos alcançasse e a todo o pessoal de saúde de nosso país pelo enorme empenho", escreveu Fernández no Twitter.
"Se vacinar serve para sermos imunes ao coronavírus. Vamos fazer isso", completou.
Desde o anúncio da compra das doses da Sputnik, o peronista já afirmava que iria se vacinar para dar o exemplo e incentivar a população a fazer o mesmo.
O primeiro idoso a ser vacinado no país foi o secretário de Saúde da província de Buenos Aires, Daniel Gollan, também nesta quinta-feira.
Inicialmente, a vacina só havia sido autorizada para pessoas entre 18 a 59 anos em razão da primeira leva de testes realizadas na Rússia, que não abarcava idosos. Após a liberação de novos resultados, em dezembro, o país euroasiático estendeu a faixa etária.
A ANMAT realizou um trabalho de tradução e reavaliação dos resultados apresentados pelo Fundo Russo de Investimento Direto e optou pela liberação do imunizante para maiores de 60 anos.
No Brasil, a Sputnik V ainda não foi autorizada pela Anvisa, apesar da compra de lotes pelo governo da Bahia e dos esforços da União Química, que pretende produzir o imunizante no país.
Com informações do Página 12