Ataque de míssil do Irã deixou 34 militares dos EUA com lesões cerebrais graves

Trump, havia negado que existissem feridos após o ataque, agora minimiza: "Não os considero ferimentos muito graves em relação a outros ferimentos que já vi"

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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou nesta sexta-feira (24) que 34 militares estadunidenses ficaram feridos e sofrem com lesões cerebrais graves em decorrência do ataque, promovido pelo Irã, a uma base dos EUA no Iraque no dia 3 de janeiro. Inicialmente, o presidente Donald Trump havia dito que o ataque não deixou feridos. Segundo o jornal The New York Times, o porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, disse que oito dos feridos retornaram aos Estados Unidos de um hospital militar em que estavam internados, na Alemanha. Trump, por sua vez,  disse ainda na quarta-feira (22) que os sintomas sofridos pelos afetados não eram sérios, após o Pentágono suscitar a possibilidade de lesão cerebral. "Ouvi dizer que eles tinham dores de cabeça", disse de Davos, na Suíça, onde foi realizado o Fórum Econômico Mundial. "Não os considero ferimentos muito graves em relação a outros ferimentos que já vi", disparou. O comentário suscitou críticas por grupos de veteranos estadunidenses. No Twitter, Paul Rieckhoff, fundador dos Veteranos do Iraque e Afeganistão da América, pediu para que as pessoas não ficassem indignadas com os comentários estúpidos do presidente: "Tome uma atitude para ajudar os veteranos que enfrentam TCEs", disse, em referência às lesões cerebrais traumáticas. Oficiais do Pentágono disseram que a demora no reconhecimento dos feridos foi decorrente de problemas na transmissão das informações sobre o ocorrido.