Livro de sobrinha de Trump contando podres da família vende quase 1 milhão de cópias no dia do lançamento

Em “Como Minha Família Criou o Homem Mais Perigoso do Mundo”, a autora Mary Lea Trump afirma que o ego do presidente estadunidense “é frágil e precisa ser constantemente reforçado, porque, no fundo, ele sabe que não é nada do que diz ser”

Donald Trump, sua sobrinha, a psicóloga Mary Lea Trump, e a capa do livro escrito por ela (foto: reprodução)
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A psicóloga Mary Lea Trump, sobrinha do presidente estadunidense Donald Trump, lançou nesta quarta-feira (15) seu livro-bomba “Too Much and Never Enough: How My Family Created the World’s Most Dangerous Man” (ou “Demais e Nunca Suficiente: Como Minha Família Criou o Homem Mais Perigoso do Mundo”,  em tradução livre), com boas cifras de vendas para um primeiro dia em meio a uma pandemia.

Nas primeiras 24 horas após sua chegada às lojas dos Estados Unidos e do Reino Unidos, a obra já teve mais de 950 mil exemplares vendidos, e chegou bem perto de alcançar a marca de 1 milhão, segundo o jornal The New York Times.

Além disso, chegou ao número 1 da lista de livros mais vendidos da Amazon, façanha que se repetiu em muitos outros sites especializados. Também já se tornou o livro mais vendido da editora Simon & Schuster em toda a sua história.

“Too Much and Never Enough: How My Family Created the World’s Most Dangerous Man” conta os podres da família Trump, especialmente a forma como a personalidade so

“Meu avô dizia que meu pai era um fracassado porque pedia desculpas demais, e ensinou meu tio que se ele queria ser o filho preferido teria que aprender a nunca pedir desculpas”, conta Mary Lea Trump. A autora é filha de Fred Trump Jr, irmão mais velho de Donald, falecido em 1981, vítima de problemas decorrentes do alcoolismo, os quais ela afirma que “também foram gerado pela forma humilhante com a que meu avô o tratava”.

O livro também descreve Donald Trump como uma figura com um ego muito frágil, “e que precisa ser constantemente reforçado, porque, no fundo, ele sabe que não é nada do que diz ser”.

Em um capítulo especial sobre a misoginia do presidente estadunidense, a autora conta que o tio costumava fazer comentários sobre o seu corpo quando ela tinha entre 20 e 30 anos.

Também lembra que uma vez, durante os Anos 90, ele a contratou como “ghost writer” de um livro anônimo chamado “The Art of the Comeback” (ou “A Arte do Contra-Ataque”, em tradução livre), o qual ela resumiu como “um histórico das mulheres que ele queria namorar, mas que o rejeitaram, e por isso ele resolveu difamá-las, por considerar que se tornaram pessoas detestáveis, feias e gordas”. A escritora afirma que escreveu o livro, mas que seu tio, hoje presidente, jamais pagou pelo trabalho.