Nazismo: manifestante anti-quarentena dos EUA pede para que "sacrifiquem os fracos"

Protestos semelhantes contra as medidas de isolamento têm sido encampados por bolsonaristas no Brasil

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A extrema-direita mundial, que no Brasil se materializa no bolsonarismo, tem mostrado a cada dia que é a grande responsável pelo negacionismo do coronavírus, que influencia milhares, e para encampar seu discurso tem deixado transparecer sua proximidade com ideias nazistas.

Nesta quarta-feira (22), em uma das dezenas de manifestações contra as medidas de isolamento que vêm acontecendo nos Estados Unidos, um manifestante exibiu um cartaz com a frase "sacrifique os fracos" - em uma clara alusão à seletividade higienista do nazi-fascismo.

Situação semelhante aconteceu no Brasil.

Repetindo a ação feita por Adolf Hitler na Alemanha nazista, que instituiu o uso da estrela de Davi para identificar os judeus – considerados “inimigos internos” -, a socialite e empresária Cristiane Deyse Oppitz sugeriu identificar com “fita vermelha” as pessoas que estão seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ficando em isolamento social por causa pandemia do coronavírus.

“As pessoas que não querem sair do confinamento, as pessoas que não querem trabalhar, fazer a economia girar, porque o mais importante é a vida, marquem ou com um laço vermelho na porta ou quando for sair coloque uma fita vermelha. Aí nós vamos identificar você como pessoa que não quer fazer parte deste grupo que não quer trabalhar”, diz a socialite em vídeo que circula nas redes sociais e em que sugere que as pessoas a favor da quarentena não tenham atendimento médico.

Além do discurso da socialite, o bolsonarismo se assemelha à direita estadunidense com as carreatas contra a quarentena. Assim como nos EUA, governadores têm adotado medidas de isolamento enquanto o presidente prega pela volta à normalidade.

Em um desses atos, em São Paulo, o empresário bolsonarista Paulo Kogos levou um caixão com um símbolo nazista e simulou o enterro do governador João Doria. Depois de ter chamado Doria de nazista, Kogos pediu desculpas.

No último domingo (19), Bolsonaro participou de um desses atos que, além do fim da quarentena, pedia por uma intervenção militar e pelo fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).