VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Assédio no elevador: não vou deixar impune, diz vítima; saiba quem é o assediador

Caso envolvendo nutricionista no Ceará ganhou repercussão com vídeo que viralizou nas redes. Agressor, Israel Leal Bandeira Neto foi demitido e apagou as redes sociais.

Israel Bandeira Neto, que assediou nutricionista em elevador no Ceará.Créditos: Rede X / M7 Investimentos
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Profundamente abalada, a nutricionista Larissa Duarte divulgou nota por meio de advogados em que afirma que não deixará impune o ataque sofrido quando deixava o elevador do prédio comercial Scopa Platinum Corporate, localizado em Fortaleza, no Ceará.

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O caso ocorreu em 15 de fevereiro, mas tornou conhecido após o vídeo que mostra o assédio viralizar nas redes nesta segunda-feira (19).

As imagens mostram a nutricionista descendo no elevador, rumo à garagem do edifício. Ao sair, o homem, identificado como Israel Leal Bandeira Neto, aperta suas nádegas de forma violenta.

“Ressalto que, em nome de tantas outras mulheres que são, diariamente, vítimas de situações como essas, não quero (e nem vou) deixar essa situação impune! Por isso, todas as medidas judiciais (cíveis e criminais) já estão sendo tomadas para que esse indivíduo não fique impune e que, consequentemente, seja feita justiça!”, diz a nutricionista na nota divulgada pelos advogados Rapahel Bandeira e David Isidoro.

Segundo o texto, após o assédio a vítima "sentiu-se profundamente abalada, manifestando sua impotência através de lágrimas e gritos".

"Felizmente, foi amparada por um colaborador do prédio comercial, que contribuiu na identificação do agressor", emenda.

Agressor

Israel Leal Bandeira Neto era sócio e atuava como assessor autônomo de investimentos na empresa M7 Investimentos, que representa a XP investimentos em Fortaleza.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, após a repercussão do vídeo nas redes sociais, a M7 afirmou que Bandeira Neto "foi afastado de suas atividades na empresa, de imediato e em defnitivo, sem prejuízo do exercício de seu direito de defesa junto às instâncias competentes".

"A M7, por meio de seus sócios e gestores, repudia veementemente qualquer ato de violência, abuso ou importunação, de qualquer ordem", diz ainda a nota.

Após a repercussão do caso, Bandeira Neto apagou seu perfil nas redes sociais.

A Polícia Civil afirma que as investigações estão a cargo da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza, que deve ouvir o agressor para concluir o inquérito.

Veja o vídeo.