Assassinato de João Alberto: Movimento negro rejeita proposta do Carrefour e pede a cassação de alvará

A rede francesa de supermercados sugeriu a criação de um Comitê Externo de Diversidade e Inclusão

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A Coalizão Negra por Direitos, frente que reúne várias organizações do movimento negro de todo o Brasil, rejeitou a proposta de acordo do Carrefour.

A rede francesa apresentou uma proposta de criar um Comitê Externo de Diversidade e Inclusão. Porém, para a Coalizão trata-se de uma tentativa de "invisibilizar a violência racista que levou à óbito João Alberto Silveira de Freitas", que foi assassinado por seguranças do mercado no mês passado.

A frente de movimentos declarou que não pretende dar início a qualquer mediação com o Carrefour e que vai trabalhar para que o alvará da loja seja cassado.

Em comunicado, a Coalizão Negra por Direitos declarou que o Carrefour possui "reiteradas denúncias de crime de racismo e discriminação racial em suas lojas".

“Só racismo explica a fúria”, diz pai de João Alberto, assassinado por seguranças no Carrefour

Deputados da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que apura o assassinato de João Alberto, homem negro espancado até a morte por seguranças de uma loja Carrefour em Porto Alegre (RS), se reuniram com os familiares da vítima, nesta terça-feira (1), na capital gaúcha.

A ideia da reunião, de acordo com a Comissão da Câmara, é acompanhar as investigações do crime de perto para que os autores não passem impunes e também discutir propostas para aprimorar e criar novas leis que tratem sobre o racismo.

“A gente nunca imagina que vai acontecer, eu só espero justiça. Foi racismo! Só o racismo explica a fúria com que eles atacaram meu filho”, disse ainda João Batista, segundo o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que também faz parte da Comissão.

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