O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta quinta-feira (1º) ao jornalista Leandro Magalhães, da CNN, que vai indicar o desembargador Kássio Nunes para a vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). O decano deixará a Corte no dia 13 de outubro.
E depois o próprio Bolsonaro confirmou a indicação em sua live semanal. Na transmissão, ele perguntou: “Vocês querem que eu troque o Kássio pelo Sergio Moro?”.
Mesmo antes da confirmação, o nome de Nunes foi alvo de ataques de olavistas e do pastor Silas Malafaia. Ele foi indicado a Bolsonaro pelo senador Ciro Nogueira, presidente do PP e articulador do Centrão.
Vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Nunes é católico e adia a escolha do “ministro terrivelmente evangélico” anunciada por Bolsonaro.
Ele já declarou, em entrevista em 2018 ao site Conjur ser favorável à prisão após condenação em segunda instância.
Trajetória
Kássio Nunes Marques nasceu em Teresina, no dia 16 de maio de 1972. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), especializou-se em Processo e Direito Tributário, pela Universidade Federal do Ceará (UFCE), e é mestre em Direito Constitucional, pela Universidade Autônoma de Lisboa.
Na carreira de advogado, ocupou diversos cargos na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Piauí (OAB-PI), e foi suplente do Conselho Federal da OAB. Ainda no Conselho Federal, integrou a Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política. Em maio de 2008, tornou-se juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI) e em 2011 assumiu a posição de desembargador do TRF1.