Em editorial, O Estado de S. Paulo diz que Brasil de Bolsonaro tem “um governo perdido”

Em relação à questão do meio ambiente, jornal afirma que os atos e palavras do presidente e de Ricardo Salles “confirmam a incapacidade do governo de compreender a extensão do problema e suas consequências políticas e econômicas”

Bolsonaro e o incêndio na Floresta Amazônica (Foto: Montagem)Créditos: Presidência da República / Twitter
Escrito en POLÍTICA el
Além de O Globo e da Folha de S. Paulo, agora foi O Estado de S. Paulo, que também publicou um editorial com duras críticas ao modo como Jair Bolsonaro conduz sua gestão. O tema destacado foi o meio ambiente e o despreparo do primeiro escalão do governo em lidar com as demandas do setor. “O governo do presidente Jair Bolsonaro não tem política ambiental. Não sabe o que fazer para interromper a destruição da Amazônia e de outros biomas, nem demonstra disposição genuína de fazê-lo”, destaca o jornal. Não é sócio Fórum? Quer ganhar 3 livros? Então clica aqui. “Ao contrário, os atos e palavras do presidente da República e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quase invariavelmente confirmam a incapacidade do governo de compreender a extensão do problema e suas consequências políticas e econômicas para o Brasil”, aponta o editorial. “Mesmo quando parece, afinal, interessado em enfrentar o problema do desmatamento, o governo adota um tom desnecessário de revanche. O ministro Ricardo Salles participou da Conferência do Clima da ONU em Madri – que Bolsonaro pretendia boicotar – e cobrou ‘recursos que foram prometidos e até agora não recebemos’, em referência ao fundo destinado a custear iniciativas de países emergentes para enfrentar as mudanças climáticas”, relata. Picuinha “O que poderia ser uma bem-vinda mudança de atitude – afinal, há pouco tempo Bolsonaro desdenhou do Fundo Amazônia, bancado por Alemanha e Noruega – ganha ares de picuinha. E, para não alimentar esperanças de que o governo se emendou, Bolsonaro logo esclareceu que seu ministro do Meio Ambiente não sabia do que estava falando, pois não vai ‘vender a Amazônia em troca de migalhas ou grandes fortunas’”, diz o texto.