Malafaia defende discurso de ódio e promove perseguição às LGBT

O pastor também afirmou que os times de futebol obrigaram “jogadores a usarem símbolos do ativismo gay”

Silas Malafaia. Foto: Reprodução YouTube
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A missão do pastor Silas Malafaia, da igreja Assembleia de Deus, tem sido, nas últimas décadas, disseminar ódio contra a população LGBT e enganar os seus seguidores ao distorcer falas e discursos da comunidade de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.

Em seu vídeo mais recente, o pastor Malafaia afirma que o movimento LGBT se articula por meio do "marxismo cultural" para "destruir a família" e que jogadores de futebol foram obrigados a apoiar campanhas em favor das LGBT.

"Nós estamos vivendo hoje uma verdadeira ditadura da opinião. Você não pode discordar do politicamente correto que vem em cima de você. Isso aí minha, gente, é o marxismo cultural", afirma o pastor.

Para o religioso, os movimentos LGBT e os democratas em geral querem destruir "os valores que norteiam a sociedade ocidental" e, para justificar a sua afirmação, o pastor, como é de seu costume e da extrema direita em geral, editou uma fala da pesquisadora e militante Amanda Palha e ainda a tratou por "cara", mostrando o seu desrespeito com a identidade de gênero da pesquisadora.

Na fala em questão, que foi dada durante uma palestra no Sesc, Amanda Palha fala do fim da família nuclear, mas no sentido enquanto uma política compulsória à sociedade.

"Eles são livres para falarem o que querem, nós não", esbraveja o pastor. Mas todo mundo sabe que isso não é verdade, pois, até mesmo a liberdade de expressão possui limites de acordo com as leis brasileiras, e essa fronteira é rompida quando a "opinião" resvala para o discurso de ódio contra grupos sociais.

Assim como Malafaia faz há mais de 10 anos, ele tenta separar o "ativismo gay" de "pessoas gay" e classifica o movimento LGBT como o mais intolerante do Brasil. Será que as LGBT são intolerantes por exigir a permanência da vida e direitos sociais?

Assim como o presidente Bolsonaro também costuma dizer, Malafaia repete que a população LGBT "quer impor à maioria o seu estilo de vida". Como faz isso, pastor?

E, fazendo valer o seu papel de disseminador de discurso de ódio, o religioso afirma que as LGBT "acabaram com os Dia das Mães e com o Dia dos Pais". Família LGBT não existe? E por acaso alguma dessas datas deixaram de ser festejadas nos últimos anos?

Em outro momento, o pastor afirma que "times de futebol [estão] obrigando os jogadores a usar o símbolo do ativismo gay". O que o pastor chama de "obrigação", a sociedade entende como evolução e destruição do preconceito.

Por fim, o que o religioso faz é, mais uma vez promover o discurso de ódio e a perseguição às LGBT. Cabe lembrar que o Brasil configura como um dos países mais perigosos para as LGBT e possui os piores índices de crimes motivado por ódio no mundo.

https://twitter.com/PastorMalafaia/status/1410387742375153669

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