Aliados do presidente Jair Bolsonaro estariam atuando nos bastidores para evitar que o ex-capitão cumpra com a determinação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o presidente deve prestar depoimento presencial na investigação que apura denúncias do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre interferência do presidente na Polícia Federal.
Segundo informações da colunista Bela Megale, do O Globo, a solução apresentada nesta sexta-feira (11) pelos assessores do ex-capitão é a de que ele adie o depoimento para depois da aposentadoria do ministro que, para eles, estaria atuando contra Bolsonaro.
É o presidente quem vai nomear o substituto do ministro, que pode ser o responsável por assumir a ação. No pior dos casos, haverá um sorteio pra definir para quem vai o processo.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro afirmou que está "se aproximando cada vez mais das autoridades do Judiciário". Na quarta-feira, ele chegou a "invadir" o STF de surpresa na última sessão de Dias Toffoli como presidente da Corte. O magistrado foi substituído por Luiz Fux.
Se for obrigado a depor de acordo com a determinação de Celso de Mello, o ex-capitão terá que enfrentar Moro frente a frente.