Gilmar Mendes aconselha Moro “estudar mais” para disputar cargos políticos

Na semana passada o ex-juiz, ao se filiar ao Podemos, se colocou à “disposição do povo brasileiro” para ser candidato à presidência da República

Gilmar Mendes - Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STFCréditos: Felipe Sampaio/ STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes está em Lisboa coordenando o IX Fórum Jurídico de Lisboa. O encontro conta com a participação de várias pessoas do mundo político e jurídico, entre eles, Davi Alcolumbre e André Mendonça.

Em entrevista ao Sputnik Brasil, Mendes comentou sobre a entrada do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol no mundo da política para disputar cargos na eleição de 2022. Ambos se filiaram no partido Podemos.

Para Mendes, já havia um projeto político por detrás da Lava Jato, visto que "várias medidas foram tomadas com o objetivo de influenciar no processo político ou no processo eleitoral. Mais do que isso, se nós olhamos aquilo que se popularizou no Brasil como Fundação Dallagnol, que tinha um fundo de R$ 2 bilhões para supostamente combater a corrupção, hoje nós podemos ver que talvez fosse um fundo eleitoral".

"Me parece, então, que eles já atuavam, portanto, sob a toga com vestes partidárias. Isso me parece um problema que certamente vai ser discutido quando e se essas candidaturas se colocarem", analisou Mendes.

Gilmar Mendes diz que Moro precisa estudar mais

Além disso, Gilmar Mendes afirmou que, se Moro realmente levar adiante o seu projeto político se de candidatar a algum cargo, seja no executivo ou legislativo, ele precisa estudar mais.

"Já vimos os pronunciamentos e os escritos do Moro. Ele precisa saber obviamente que o mundo vai além desses processos e também daquele universo de Curitiba. Todos nós precisamos estudar mais. E certa ele também precisa fazer", criticou.

Em seguida, Mendes afirmou que Moro apresenta problemas "tanto na área jurídica como na área de formação geral. Acho que certamente se ele quer ter participação, seja lá como parlamentar seja lá como candidato, eventualmente, a presidente da República, isso exige um tipo de conhecimento da própria realidade do país que vai além dessas tramas do processo penal".

Com informações do Sputnik Brasil