"Bolsonaro só foi atrás da vacina por propina", diz Paulo Pimenta

Deputado fez referência às denúncias relativas às negociatas do governo com a Davati e a Precisa

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) usou as redes sociais neste domingo (4) para comentar sobre os escândalos de corrupção envolvendo o governo Jair Bolsonaro na compra de vacinas contra a Covid-19. Na sexta-feira, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou um inquérito contra Jair Bolsonaro por prevaricação.

"No fim, todo mundo sabe o motivo de mais de 500 mil mortes. O miliciano só foi atrás da vacina, quando viu que poderia ganhar propina. Mas a história será implacável e Haia é logo ali", tuitou o parlamentar.

"Por que até agora Bolsonaro não desmentiu o deputado Luis Miranda que o acusou de saber dos esquemas de propina com vacinas ? Será medo de ter sido gravado?", completo.

As mensagens foram publicadas um dia depois de manifestantes tomarem as ruas em todas as capitais brasileiras e em cidades do interior em favor do impeachment de Bolsonaro. Muitos lembraram das denúncias de corrupção na compra de vacina Covaxin e nas negociações com a Davati Medical Supply por supostas 400 milhões de doses do imunizante AstraZeneca.

Reportagem do Jornal Nacional exibida no sábado (3) mostrou que o diretor de Imunização do Ministério da Saúde, o veterinário Lauricio Monteiro Cruz nomeado por Eduardo Pazuello, autorizou que um grupo evangélico atuasse com nas negociações com a Davati. O valor negociado seria superior aos das denúncias do empresário Luiz Paulo Dominguetti.

A CPI do Genocídio e o Supremo Tribunal Federal (STF) têm se debruçado sobre o escândalo da Covaxin. Na sexta-feira, a ministra Rosa Weber inquérito contra Bolsonaro por prevaricação em razão das denúncias que apontam que o mandatário deu aval para a aquisição do imunizante a um valor 1.000% maior que preço inicialmente anunciado pelo fabricante.

A Covaxin foi a única vacina com compra formalizada - já interrompida - que teve um intermediário na negociação, e o agente governista envolvido no esquema, segundo depoimento dos irmãos Miranda à CPI, seria o deputado federal Ricardo Barros, líder do governo na Câmara.

https://twitter.com/DeputadoFederal/status/1411791062067187715