Com fuzil e sem feijão: Exército diz ter alimentos para dois dias por causa da inflação

Em conversa com os apoiadores, o presidente Bolsonaro chegou afirmar que só "idiotas" compram comida no lugar de armas

Foto: Exército Brasileiro
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A inflação e a pandemia levaram ao desabastecimento de alimentos em quartéis da Força em Brasília.

De acordo com nota enviada ao site Metrópoles, falta óleo de cozinha, e o arroz e feijão devem acabar em dois dias.

Diante da escassez de alimentos e para evitar que os soldados fiquem sem comida, o Comando Militar do Planalto deve adotar o meio expediente.

"Aspectos conjunturais, como a pandemia da Covid-19, associada ao atual cenário da economia, têm ocasionado uma variação significativa de valores de diversos itens a serem adquiridos. Isso provocou o desabastecimento de alguns gêneros alimentícios".

Prefere comprar feijão a fuzil? Para Bolsonaro, você é um idiota

Não é só Paulo Guedes que zomba da crise econômica e social que assola o país. Depois do ministro da Economia perguntar “qual o problema da energia elétrica ficar mais cara” e dizer que “não adianta ficar chorando” pelo aumento da tarifa, foi a vez de seu chefe fazer pouco caso daqueles que passam dificuldades para viver.

Jair Bolsonaro, no entanto, foi além. Xingou de “idiotas” aqueles que pedem para que o governo resolva o problema da alta no preço dos alimentos e sugeriu que os problemas do Brasil se resolvem com armas.

Em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta-feira (27), o chefe do Executivo usou de suas habituais críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) para, mais uma vez, encampar discurso belicoso em detrimento das reais necessidades da população.

“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Um povo armado jamais será escravizado. Tem um idiota que diz: cê tem que comprar feijão. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, disparou.

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