ELEIÇÕES 2022

Deputado abre divergência na Bahia: "PT terá candidatura própria"

Jorge Solla diz que "os discursos foram na direção de eleger Otto [Alencar, do PSD} senador e termos uma candidatura própria, não discutimos nomes", sobre reunião do PT na Bahia.

Jorge Solla.Créditos: Agência Câmara
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Após Jaques Wagner (PT) anunciar que não será candidato ao governo da Bahia, cedendo o posto para o senador Otto Alencar (PSD), o deputado federal Jorge Solla abriu divergência e afirma que o PT terá, sim, candidatura própria ao governo baiano.

"Ele reiterou que não vai ser o candidato, manteve a posição não ser. A novidade boa é que estamos construindo a candidatura própria do PT e com certeza teremos apoio de Wagner para essa candidatura. Há muito tempo que ele vem falando da renovação, de novos quadros, e tem a questão da campanha de Lula, ele falou da necessidade de estar mais colado na candidatura Lula. Nós temos nomes que podem substituir nesta tarefa", disse Solla após reunião do diretório estadual, quando Wagner anunciou sua decisão, nessa segunda-feira (28).

O deputado petista afirmou ainda que o projeto de Otto Alencar seria a reeleição e não a disputa ao governo do Estado. A candidatura do senador baiano faria parte de um acordo de Lula e do PT com Gilberto Kassab, presidente do PSD, para apoio na disputa ao Planalto.

“Otto tem reiterado o desejo de ir para reeleição, ele tem feito um grande trabalho como senador e todos nós sentimos bem representados e estaremos na linha de frente para ajudá-lo à reeleição. Wagner ficou até o final, garantido continuidade e sendo grande timoneiro da sucessão, é uma tarefa importante e esperamos que o governador Rui Costa possa fazê-la. Ele tem um grande potencial, com certeza o presidente Lula irá convidá-lo para integrar seu governo”, afirmou o deputado.

Solla, no entanto, não falou em nomes que, segundo ele, serão debatidos em reunião da executiva do partido. O deputado representa uma ala do PT baiano que insiste na candidatura ao governo do Estado.

“Não avançamos na discussão de nomes. Os discursos foram na direção de eleger Otto senador e termos uma candidatura própria, não discutimos nomes. Depois de hoje, onde Wagner deixou bem claro que não é esse caminho [concorrer] que está querendo trilhar, que expôs claramente o seu desejo de construir uma candidatura própria com outro nome do PT, é bom deixar claro que ele colocou que irá defender o nome que o partido apresentar para campanha eleitoral. Nós vamos reunir os integrantes da executiva e ver os desdobramento, creio que essa semana ainda, e aí afunilar o debate acerca dos nomes. Vamos caminhar nesta direção. A mobilização foi grande, intensa, e mostrou o quanto ele é querido, e não só pela militância do PT, mas de diversos setores que reconhecem o papel que ele teve e continua tendo como o principal líder politico das esquerdas na Bahia”, disse.