ELEIÇÕES 2022

Reprovação do governo Bolsonaro entre evangélicos derrete 7 pontos em duas semanas

Entre a pesquisa finalizada em 7 de junho e a mais recente, encerrada no dia 21, o índice de reprovação do governo subiu de 32% para 39%.

Jair Bolsonaro em encontro com Silas Malafaia e pastores no Planalto.Créditos: Isac Nóbrega/PR
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Recorte da pesquisa PoderData divulgado nesta quinta-feira (23) mostra que a rejeição a Jair Bolsonaro (PL) no eleitorado evangélico cresceu nas duas últimas semanas, antes mesmo do escândalo de corrupção com a prisão do pastor e ex-ministro Milton Ribeiro, envolvido em um esquema de propina em ouro com dois outros pastores indicados pelo presidente na intermediação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Entre a pesquisa finalizada em 7 de junho e a mais recente, encerrada no dia 21, o índice de reprovação do governo subiu de 32% para 39%, uma alta de sete pontos em duas semanas. A aprovação oscilou um ponto para menos, de 54% para 53% - 9% dizem que não sabem.

Entre os católicos, outro nicho cortejado por Bolsonaro, a oscilação foi contrária com 35% de aprovação - eram 31% - e 54% de reprovação - eram 63%.

Na intenção de votos, Bolsonaro segue à frente de Lula entre evangélicos, liderando a disputa por 46% a 28%. Já o petista é líder entre os católicos, com 48% das intenções de votos diante de 32% do atual presidente. Ciro Gomes (PDT) tem os votos de 6% de ambos os grupos religiosos e Simone Tebet (MDB) tem 1% entre evangélicos e 2% entre católicos.

Os dados foram coletados de 19 a 21 de junho de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 3.000 entrevistas em 302 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-07003/2022.