ELEIÇÕES 2022

Generais de pijama, aliados de Bolsonaro, iniciam campanha contra abstenção eleitoral

Medo dos clubes de reservistas das Forças Armadas é de que alto índice de não comparecimento às urnas, como ocorreu em 2020, contribua para eleição de Lula no primeiro turno.

Flávio Bolsonaro com membros do Clube Militar do Rio de Janeiro.Créditos: Reprodução
Escrito en POLÍTICA el

Em nota conjunta divulgada nesta segunda-feira (18), os clubes militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, administrado e frequentado preponderantemente por militares da reserva, iniciaram uma campanha contra a abstenção eleitoral no pleito deste anos.

Aliados de Jair Bolsonaro, os generais de pijama - como são chamados por estarem fora da ativa - dizem que o voto é "um direito básico" e que "a abstenção de um direito tão caro à sociedade configura grave acinte ao próprio estamento democrático, por desprezar o exercício da cidadania".

"Em ambiente de forte polarização, a decepção com a política, por razões diversas, conduz naturalmente à acomodação, caminho aberto para altos índices de abstenção, tal como ocorreu em países amigos da Europa e América Latina, acarretando a vitória de candidatos cuja legitimidade, questionável futuramente, pode colocar em risco a governabilidade, prejudicar conquistas econômicas e sociais importantes e conduzir a nação a um destino catastrófico", diz o texto.

O medo de Bolsonaro e dos generais é que caso o alto índice de não comparecimento às urnas registrado em 2020 - de 29,5% - se repita, o vencedor precisará de menos votos válidos para se eleger. Isso facilita uma eventual vitória de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de votos, no primeiro turno.

Além dessa questão, boa parte do eleitorado que votou em Bolsonaro em 2018 está decepcionado e prefere não votar a ter que decidir entre o presidente e Lula.

Na nota, os generais de pijama ignoram os ataques de Bolsonaro e pregam que, ao votar, o eleitor "contribua para o salutar aprimoramento da nossa democracia".

Leia a íntegra