O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, será alvo de um pedido de impeachment. A iniciativa é do PSOL e a peça já está sendo elaborada pelo jurídico do partido para ser protocolada no Senado até o fim desta semana.
O PSOL argumenta que o PGR cometeu inúmeros crimes nos pedidos de arquivamentos de investigações contra Jair Bolsonaro (PL).
Entre eles, crimes de responsabilidade, de improbidade administrativa e de prevaricação, além de violar artigo da Constituição Federal que trata sobre a função do Ministério Público.
“Aras usa seu cargo na PGR para blindar Bolsonaro. São inúmeros crimes que não são sequer encaminhados para análise. Está claro que ele é um dos maiores responsáveis pela impunidade desse governo e, portanto, pedimos sua saída do cargo”, declarou a deputada federal Sâmia Bomfim, líder do PSOL na Câmara, em entrevista à coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles.
O pedido de impeachment de Aras será assinado por Juliano Medeiros, presidente do PSOL, e por deputados do partido. Parlamentares de outras legendas também são convidados a assinar.
Veja alguns exemplos de que o PSOL tem razão
A vice-procuradora-geral Lindôra Araújo voltou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (1), o arquivamento do inquérito que apura se Bolsonaro vazou informações sigilosas de uma investigação da Polícia Federal (PF).
Uma semana antes, a PGR já havia solicitado ao STF o arquivamento de cinco investigações contra o presidente da República, todas abertas em consequência dos trabalhos da CPI da Covid-19 no Senado.