Acesso a dados sigilosos de estudantes estaria por trás de demissão no Inep: "É crime", diz Haddad

Vicenzi - que é delegado da Polícia Federal - teria negado acesso aos dados dos estudantes ao ministro Abraham Weintraub. Ele também teria sido criticado após dizer que não removeria do Enem questões tidas como "ideológicas" por Bolsonaro

O delegado Elmer Vicenzi, ex-diretor do Inep (EBC)
Escrito en POLÍTICA el
O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), comentou no Twitter uma notícia do site da revista Veja que diz que a demissão do agora ex-presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), Elmer Vicenzi - que é delegado da Polícia Federal -, começou quando o ministro da Educação Abraham Weintraub pediu acesso a dados sigilosos de estudantes, solicitação que foi negada pelo procurador-chefe do órgão. "isto é Crime - A confusão que culminou na demissão do terceiro bozopresidente do Inep, Elmer Vicenzi, começou quando o ministro da Educação pediu acesso a dados sigilosos de estudantes, solicitação que foi negada pelo procurador do órgão", tuitou Haddad. Vicenzi foi exonerado nesta quinta-feira (16) da direção do instituto, que é responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Oficialmente, o Ministério da Educação (MEC) alega que Vicenzi simplesmente pediu demissão, sem detalhar os motivos. Segundo reportagem da Veja, no entanto, Vicenzi teria negado acesso aos dados dos estudantes. Para completar a “fritura” de Elmer Vicenzi no órgão, circulou pelo Ministério da Educação (MEC), na quarta-feira (15), uma carta assinada pelo ex-presidente do Inep, Marcus Vinícius Rodrigues, acusando-o de “desautorizar” o presidente Jair Bolsonaro, que teria manifestado sua intenção de criar um Enem “livre de ideologias”, uma vez que Vicenzi disse aos parlamentares que nenhuma questão seria removida do banco. Na carta, Rodrigues confirma que a comissão chegou, sim, a identificar perguntas “inadequadas”, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo presidente; e declara que enviaria uma cópia da carta do ministro Abraham Weintraub.