Ao defender mineração na região, Salles diz que "Amazônia não é zoológico para ser observado"

O ministro defendeu a exploração de indústrias de mineração na Amazônia como forma de garantir a proteção do bioma

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente (Divulgação/MMA)
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Em entrevista ao jornal norte-americano Wall Street Journal, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu a exploração de indústrias de mineração na Amazônia como forma de garantir sua proteção. O ministro ainda disse que outras gestões fizeram com que bioma se tornasse um "templo intocável" e que Amazônia não é um "zoológico para ser observado". Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém "A Amazônia não é apenas um zoológico para ser observado", disse, complementando que o plano do governo é desenvolver indústrias de mineração e de outros segmentos na região. "Há mais de 20 milhões de pessoas vivendo na Amazônia que precisam sobreviver". O ministro ainda saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PSL), dizendo que críticas contra ele são resultado de "má compreensão sobre suas decisões". Para Salles, as demais gestões de preservação do bioma fizeram com que a floresta se tornasse "um museu a céu aberto". "Não é isso que muitas pessoas na Amazônia querem e essa estratégia não ajuda a proteger a floresta", opinou. "Não podemos ter leis excessivamente restritivas - são um convite para o crime", completou. Apesar de Salles criticar que o bioma tenha se tornado "um museu a céu aberto", números de incêndios e desmatamento na região não param de crescer desde o início do governo de Jair Bolsonaro. De acordo com o Inpe, as queimadas no bioma tiveram um avanço de 196% em agosto de 2019, atingindo nada menos do que 30.901 focos ativos, contra 10.421 em relação ao mesmo período de 2018.