Arthur Virgílio considera "cretinice", "absurdo e perversidade" pressão de Pazuello por cloroquina

Secretários estaduais de Saúde consideraram documento do governo como "esdrúxulo" e "loucura"

Arthur Virgílio Neto - Foto: Alex Pazuello/Semcom
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Arthur Virgílio (PSDB-AM), ex-prefeito de Manaus que acaba de encerrar o mandato, diz que fazer pressão para que a gestão municipal prescreva cloroquina é "cretinice", "absurdo e perversidade".

Virgilio, no entanto, defende outro medicamento que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19, a ivermectina. Ele afirma que tomou o remédio quando foi contaminado pelo coronavírus.

O ex-prefeito também rebateu o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Segundo Bolsonaro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi a Manaus interferir diante do caos. "Não sei se ele consegue se considerar responsável pela morte de tanta gente que seguiu seus conselhos pouco ajuizados. Não sei se consegue colocar a cabeça no travesseiro. Se sim, tem algo de errado com ele. O que ele faz custa vidas e é irreparável", afirmou Virgílio.

O documento causou espanto também entre secretários estaduais de Saúde, conforme informações do Painel, da Folha. O ofício foi tratado por eles como "esdrúxulo", "loucura", e dizem que, enquanto o mundo discute a vacina, o Brasil fala em remédios que não funcionam.

O ofício do ministério, assinado por Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde, diz que não utilizar estes medicamentos foi tratado como “inadmissível” em documento enviado para a secretaria municipal de Saúde de Manaus.

A Mayra tornou-se conhecida em 2013 por ter hostilizado cubanos que participavam de curso do Mais Médicos.

Uma foto publicada pela Folha de S.Paulo, mostra ela gritando e mandando eles de volta para a “senzala”. 

Com informações do Painel, da Folha