Associação do MP pró-Bolsonaro sai em defesa de procurador que denunciou Glenn

MP Pró-Sociedade, que reúne membros conservadores do Ministério Público e atua como braço do bolsonarismo no órgão, divulgou nota em que pede que as "autoridades brasileiras" defendam o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira, autor da denúncia contra o jornalista

Ailton Benedito de Souza, Adriano Alves Marreiros, Marcelo Rocha Monteiro e Rafael Meira Luz, procuradores e promotores da "bancada" de Bolsonaro no MP
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A associação MP Pró-Sociedade, que reúne membros conservadores do Ministério Público e atua como braço do bolsonarismo no órgão, divulgou nota nesta quarta-feira (22) em defesa do procurador Wellington Divino Marques de Oliveira, que denunciou o jornalista Glenn Greenwald nas investigações sobre os hackers que acessaram aplicativos de conversas de autoridades e membros da Lava Jato. A ação do procurador, que está sendo condenada em todo o mundo como um ataque à liberdade de imprensa no Brasil, teria sido correta, segundo os promotores bolsonaristas, que dizem que Oliveira teria agido "corretamente dentro de suas atribuições". "Ocorreram reiteradas publicações veiculadas na imprensa nacional de vazamento de supostas mensagens, trocadas entre autoridades brasileiras, de forma ilícita através de invasão de dispositivo de informática por parte de hackers, ou seja, divulgação de mensagens sem decisão judicial em inquérito policial ou processo criminal, em explícita violação à garantia constitucional de privacidade das comuni- cações. Aliás, sequer se tem certeza se houve ou não adulteração, do que existiu ou não, vez que houve comprovação de relevantes alterações nas mensagens, em tese, feitas pelos hackers", ataca a associação. A entidade conservadora ainda pedem às "autoridades brasileiras" que defendam o procurador. Os associados do MP Pró-Sociedade requerem às autoridades brasileiras, em especial ao Procurador-Geral da República, a defesa intransigente da correta atuação do membro do Ministério Público Federal, que exerceu, dentro de suas atribuições legais e constitucionais, a proteção implacável da ordem jurídica brasileira.