Bolsonaro reclama a apoiadores que é vítima da falta de liberdade de expressão

“Se o cara me chama de fascista, por exemplo, eu entro com processo e não acontece nada. Mas se eu chamo ele de fascista, levo R$ 20 mil no lombo”, disse

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O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) reclamou para apoiadores, nesta quinta-feira (4), na porta do Palácio da Alvorada, que é vítima da falta de liberdade de expressão.

Ao ouvir a sugestão de um apoiador de que "seguisse o conselho de Olavo de Carvalho e processasse quem o chamasse de genocida", Bolsonaro alegou que não tem sucesso em ações judiciais deste tipo.

“Rapaz, você sabe minha taxa de sucesso quando eu processo alguém? Zero. Se o cara me chama de fascista, por exemplo, eu entro com processo e não acontece nada. Mas se eu chamo ele de fascista, levo R$ 20 mil no lombo. Não adianta, minha taxa de sucesso é próxima de zero”, afirmou o presidente.

“E outra coisa, se é liberdade de expressão, tem que valer para todo mundo, pô. Eu num... você paga a sucumbência depois? ”, devolveu o presidente.

No encontro, que durou cerca de 5 minutos, apoiadores e o presidente não fizeram menção à pandemia do coronavírus, que ontem atingiu o maior número de registros de mortes em 24 horas no Brasil: 1349.

Liberação de armas

A conversa girou, na maior parte do tempo, sobre a flexibilização da liberação de armas, com membros CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Na ocasião, Bolsonaro prometeu que, ainda nesta semana, seu governo terá novidades sobre o acesso às armas de fogo no país.

“Vocês são CACs (caçadores, atiradores e colecionadores)? Dá para melhorar mais ainda, tinha problema na Justiça que eu nem sabia, foi encontrado e eu nem sabia. A IN [Instrução Normativa] 131 e tem mais INs também, então essa semana, até amanhã, tem novidade aí”, disse Bolsonaro. 

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