Depois de "idiota", Eduardo Bolsonaro chama Macron de "moleque"

Filho do presidente, que é aspirante a embaixador do Brasil nos EUA, demonstrou, mais uma vez, que não tem tato algum para relações diplomáticas

Reprodução
Escrito en POLÍTICA el
Menos de uma semana depois de chamar o presidente da França, Emmanuel Macron, de "idota", o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou, nesta terça-feira (27), que o mandatário francês é um "moleque" e que levou um "tapa na cara" do G7. O novo ataque do filho "02" de Bolsonaro foi feito durante reunião da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, que Eduardo preside. As críticas foram por conta do posicionamento crítico de Macron com relação à política ambiental encampada por Bolsonaro, que culminou na alta exponencial do desmatamento na Floresta Amazônica. Na semana passada, o presidente francês pediu para que o G7 colocasse o tema da Amazônia na pauta do encontro da cúpula, que já estava marcada, e foi prontamente atendido. O deputado federal, no entanto, disse que a reunião foi convocada exclusivamente por conta da questão da Amazônia e que Macron levou um "tapa na cara" da cúpula pelo fato de o desmatamento no Brasil não ter constado no texto final do encontro do grupo. "Temos queimadas? Temos queimadas, óbvio. Ninguém está virando a cara para isso. Agora, querer fazer 'fake news' e exagerar isso para ter ganhos políticos, acho que o termo molecagem ficou até barato", disparou Eduardo. O parlamentar ainda criticou a resposta de Macron à postura de Bolsonaro, que endossou uma postagem machista contra a primeira-dama francesa, Brigitte Macron. De forma educada, o mandatário da França lamentou a conduta do presidente brasileiro e disse que espera que a população do Brasil "tenha logo um presidente que se comporte à altura". Para o filho do capitão da reserva, no entanto, a fala de Macron foi um incentivo ao impeachment. "Quando um presidente tem baixa popularidade, o que ele faz? Tenta atrair um tema para unir os seus nacionais", disparou o deputado. Eduardo Bolsonaro, apesar de suas declarações que mostram pouco ou nenhum conhecimento em relações diplomáticas, é aspirante ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.