O depoimento do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que promete entregar dossiê com provas sobre as denúncias de interferência política na Polícia Federal, está deixando o clã Bolsonaro à beira de um ataque de nervos.
Após o pai, Jair Bolsonaro, dizer que não vai permitir um golpe e acusar Moro de encobrir o mandante da facada desferida por Adélio Bispo dos Santos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) expôs no Twitter o racha na Polícia Federal diante do inquérito sobre as denúncias do ex-juiz da Lava Jato.
Ex-escrivão da PF, Eduardo Bolsonaro levantou dúvidas sobre a isenção do diretor em exercício da corporação, Disney Rosseti, em conduzir a investigação.
"Oitiva de Moro será feita por delegados indicados pelo Diretor em exercício da PF, Dr. Disney Rosseti? Apressaram a oitiva para um sábado, logo após o feriado de 1º/MAI que foi sexta. Isso é vontade de esclarecer os fatos ou impedir q Moro seja ouvido pela equipe do próximo DG-PF?", tuitou
Alvo de investigação juntamente com a prole presidencial, Eduardo atua com os irmãos Carlos e Flávio para que o amigo, Alexandre Ramagem, assuma o comando da PF.
Ramagem chegou a ter a nomeação publicada, mas a posse foi suspensa após liminar de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro virou alvo do clã e Bolsonaro afirmou que a decisão judicial quase gerou uma crise institucional.
"Por que fazem isso? Quem faz isso? Quem se beneficia com isso?", tuitou Eduardo Bolsonaro, minutos depois que o pai acusou Moro de proteger o mandante da facada desferida por Adélio.