Linha auxiliar do golpe que levou Jair Bolsonaro (Sem partido) à Presidência, banqueiros e agentes do sistema financeiro compareceram à esvaziada manifestação contra o governo convocada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e cogitam voto em Lula (PT) dependendo de sua "equipe econômica".
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"O simbolismo de uma volta de Lula ao poder é ruim, mas precisamos ver que Lula seria esse, qual seria sua equipe econômica", disse Lucia Hauptman, dona de uma empresa de investimentos, a Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo.
Chamados de "pesos pesados do PIB brasileiro" pela jornalista, a horda de ricaços que tentou - sem sucesso - inflar o ato pela chamada "terceira via" contou com a presença de Horácio Lafer Piva (acionista da Klabin e ex-presidente da Fiesp), José Olympio Pereira (presidente do banco Credit Suisse), Fábio Barbosa (da Gávea Investimento e ex-presidente do banco Santander), Antonio Moreira Salles (filho do presidente do conselho de administração do banco Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles) e Eduardo Wurzmann.
Confessando que apostaram no protofascismo de Bolsonaro contra o PT na esperança de verem implantadas à força as propostas neoliberais no país, os financistas mostram arrependimento.
"Muitos empresários votaram em Bolsonaro para evitar o PT no poder", confesa Wurzmann, antes de se dizer "preparado" para votar em Lula para tirar Bolsonaro do poder.
"Voto em qualquer um que não seja o Bolsonaro. Espero que haja alternativa, alguém que tire Bolsonaro do segundo turno. Mas o fato é que a inflação hoje está mais alta do que era no governo Dilma, o dólar também, nada foi privatizado, reformas estão patinando", afirmou.