Felipe Neto chama Moro de espantalho e diz que condenação de Lula é uma vergonha

"O processo de condenação do Lula é uma vergonha que entrará na história do Brasil como algo vexaminoso", declarou o youtuber, que sempre foi crítico do PT e passou a ser alvo de bolsonaristas após uma ação contra a censura

Felipe Neto (Divulgação)
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Em entrevista concedida ao jornalista Chico Alves, do Uol, o youtuber Felipe Neto condenou a atuação do ex-juiz federal Sérgio Moro, que assumiu o Ministério de Justiça após as eleições, e considerou que a prisão de Lula "entrará para a história como algo vexaminoso". Crítico declarado do PT, Neto diz que não defende Lula, mas considera o processo do triplex uma "abominação jurídica". Ao comentar sobre as reportagens da Vaza Jato, o influenciador digital declarou que elas serviram para "vermos de maneira ainda mais clara como o processo de condenação do Lula é uma vergonha que entrará na história do Brasil como algo vexaminoso". "Isso não significa que eu defenda a inocência do Lula, é importante deixar claro. Mas o processo do tríplex é uma abominação jurídica. Essa opinião é compartilhada por muitos especialistas da área, até mesmo aqueles que são anti-Lula e anti-PT, como eu sempre me posicionei", completou. Neto ainda avaliou que a atuação de Sérgio Moro como ministro é uma mistura de "espantalho com joão-bobo", sendo desmoralizado pelo presidente com frequência. Ele ainda considera que Bolsonaro só venceu as eleições devido à atuação de Moro. "Um político foi condenado à prisão. Alguns meses depois, o juiz que proferiu a sentença condenatória se torna ministro da Justiça do novo presidente, que se elegeu principalmente em função dessa prisão - ao menos de acordo com as pesquisas de opinião na época", declarou. Na entrevista, ele ainda comentou sobre o episódio da distribuição de 14 mil livros LGBTs na Bienal do Livro após a tentativa de censura por parte do prefeito Marcelo Crivella. Para o youtuber, o prefeito é um "ignorante autoritário" e demonstra um "desejo dessa turma em controlar tudo através da censura e da opressão". "Isso foi só o início. Onde você tentar impor opressão, nós estaremos lá", finalizou.