Rachadinha: MP investiga corrupção de Flávio Bolsonaro na área cível

Em setembro, com o avanço das decisões da Justiça para derrubar as investigações na esfera criminal, o MP-RJ entrou com pedido de quebra de sigilos bancário e fiscal do senador com base no processo na área cível

Flávio Bolsonaro com Queiroz e Evelyn Queiroz na loja da Kopenhagen (Reprodução)
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Após a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), capitaneada por João Otávio de Noronha, atender a defesa de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e anular todas as decisões do juiz Flávio Itabaiana no caso das rachadinhas, os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro buscam aprofundar um outro processo, na esfera cível, sobre o caso de corrupção do filho "01" de Jair Bolsonaro.

O processo na área cível foi aberto em 2019, após divulgação do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com movimentações financeiras suspeitas de Flávio Bolsonaro, mas só havia tido trâmites internos.

Em setembro, com o avanço das decisões da Justiça para derrubar as investigações na esfera criminal, o MP-RJ entrou com pedido de quebra de sigilos bancário e fiscal do senador com base no processo na área cível.

No entanto, a juíza Neusa Regina Leite, da 14ª Vara de Fazenda Pública, negou o acesso aos dados de Flávio e de outros 39 investigados.

A ação tem como objetivo o ressarcimento aos cofres públicos do dinheiro desviado no esquema de corrupção, mas pode levar à inelegibilidade do hoje senador.

Em nota à Folha de S.Paulo, a defesa de Flávio diz que a decisão do STJ se estende ao processo cível e que "alguns integrantes do honrado Ministério Público do Rio de Janeiro tentaram uma manobra para driblar a Justiça e dar continuidade a uma investigação que era ilegal e enviesada".

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