O Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, já admite a possibilidade de retomar o auxílio emergencial, mas tem tratado essa opção - defendida principalmente pela oposição - como última alternativa.
Segundo a colunista Carla Araújo, do Uol, os auxiliares do ministro afirmam que a tese que predomina na pasta é que seria "incoerente" retomar o auxílio porque as cidades estariam funcionando "normalmente".
Sem o auxílio, muitos trabalhadores foram forçados a voltar a trabalhar mesmo diante da segunda onda da pandemia.
Um membro da equipe de Guedes afirmou à jornalista que a ajuda foi dada para os trabalhadores informais "não morrerem de fome enquanto estavam em casa".
Entre as preocupações do ministério está o "financiamento" de bailes funk: "Tem até baile funk acontecendo. Não vamos dar dinheiro para as pessoas irem para o baile funk".
O ministro teria já admitido que a manutenção de uma média de 1 mil mortes diárias por um longo período e a consequente adoção de novas medidas de isolamento social podem forçar o retorno do auxílio.
O presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o benefício na última semana e disse que "depois de nove meses, tem que colocar um ponto final".