Haddad: "Não me impressionaria um encontro dos Bolsonaros com Adriano às vésperas de sua morte"

Ex-prefeito de São Paulo comentou sobre a proximidade do clã Bolsonaro com milicianos e disse que crimes já teriam sido desvendados em outros contextos políticos

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Em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta terça-feira (31), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), comentou sobre a relação da família Bolsonaro com a milícia. Para ele, os crimes envolvendo o clã e o Escritório do Crime, do qual o ex-PM Adriano da Nóbrega fazia parte, já teriam sido desvendados em outro contexto político.

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"Se nós estivéssemos em uma situação de normalidade, essas coisas já teriam sido desvendadas. Não me impressionaria um encontro dos Bolsonaros com Adriano às vésperas de sua morte. Acho que estão tentando de todas as maneiras [abafar o caso], mas não é difícil de imaginar o que esse pessoal fez no verão passado para acumular patrimônio como eles acumularam", comenta o ex-prefeito.

Assassinado no começo deste ano, Adriano da Nóbrega foi chefe do grupo de matadores de aluguel “Escritório do Crime”, que é investigado por atuação na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O ex-PM possui íntima relação com a família Bolsonaro, tendo sido homenageado por duas pelo ex-deputado Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Nóbrega também já foi defendido no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, por Jair Bolsonaro. Ele também é investigado pelo esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio.

Além disso, a mãe e irmã do miliciano foram empregadas no gabinete do filho do presidente na Alerj.