Haddad: "Procura-se um presidente!"

Ex-prefeito usou as redes sociais para comentar as trapalhadas de membros do governo, como Abraham Weintraub, que atacou os chineses mesmo diante do fato de que o Brasil precisa de respiradores do país asiático

Fernando Haddad - Foto: Reprodução/TV Cultura
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O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi ao Twitter neste sábado (4) para apontar as contradições do governo Bolsonaro.

O motivo da postagem foi o fato de o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ter feito uma publicação xenófoba, mais cedo, contra os chineses, sugerindo que o país asiático estaria, de alguma forma, "ganhando" com a pandemia do coronavírus.

O ataque aos chineses de Weintraub veio após uma crise diplomática aberta com o país asiático após críticas na mesma linha feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.

"Enquanto Mandetta lamenta não conseguir comprar insumos e respiradores dos chineses, absolutamente imprescindíveis para nós, Weintraub toma as dores de Eduardo Bolsonaro e os ofende. Procura-se um presidente!", escreveu Haddad.

Também neste sábado, revelou-se que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu a uma lei da época da Guerra da Coreia, em 1950, para oficializar uma política de capitalismo selvagem pagando mais para desviar equipamentos médicos, vindos da China, de combate ao coronavírus, que tinham como destino o Brasil, a França e a Alemanha.

No Brasil, uma carga de 600 respiradores artificiais encomendada de um fornecedor chinês por estados do nordeste brasileiro não pode embarcar do aeroporto de Miami, onde fazia escala, para o Brasil.

Em nota, o governo da Bahia informou que “a operação de compra dos respiradores foi cancelada unilateralmente pelo vendedor”.

O valor final da compra, de R$ 42 milhões, ainda não havia sido pago pelo governo baiano. A suspeita é de que os EUA tenham oferecido um valor mais alto pelos produtos.