Jair Bolsonaro resolveu atacar o papa no dia do encontro do pontífice com Lula por causa de uma defesa que o religioso fez à Floresta Amazônica.
O papa escreveu na última quarta (12) sobre como considera "injustiça e crime" o desmonte da agenda ambiental, como a exploração mineral de terras indígenas e a legalização do garimpo, sem citar o nome do presidente do Brasil.
Bolsonaro fez críticas aos ambientalistas e citou os incêndios da Austrália, onde florestas estão pegando fogo por conta das condições climáticas, e não de exploração. “Não pega fogo floresta úmida. Ninguém fala na Austrália. Pegou fogo na Austrália toda, ninguém fala nada. Cadê o sínodo da Austrália? O papa Francisco falou ontem que a Amazônia é dele, do mundo, de todo mundo”, disse.
O presidente prosseguiu “Por coincidência, estava aqui com o embaixador da Argentina eu disse: O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”.
O posicionamento do Papa foi publicado dias depois de o governo Bolsonaro ter apresentado um PL propondo que as áreas indígenas sejam abertas à exploração de mineração, petróleo e agricultura.
A questão ambiental também foi um dos temas de conversa entre Lula e o Papa Francisco.