Instituto Mises Brasil afirma ter sido hackeado e diz que textos foram removidos

Entre os artigos supostamente excluídos estaria um em que o IMB afirma que os antifascistas são fascistas

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O Instituto Mises Brasil (IMB), que reivindica o legado do economista ultraliberal Ludwig von Mises e da Escola Austríaca, anunciou nesta quarta-feira (3) que foi alvo de hackers e perdeu parte de seu conteúdo, já recuperado.

"Informamos a todos os nossos seguidores e àqueles que acompanham o trabalho do IMB que o nosso site foi hackeado hoje mais cedo e teve parte do seu conteúdo removido. Estamos trabalhando para resolver a situação e em breve o site voltará ao normal. Nós fazemos a liberdade", disse o IMB em postagem no Twitter.

Segundo o instituto liberal que defende o presidente Jair Bolsonaro, foram removidos cinco artigos sobre fascismo. Entre eles, um em que o IMB aponta que "a esquerda 'anti-fascista' tem muito em comum com os fascistas originais".

"O movimento progressista 'anti-fascista' é, em si mesmo, um movimento fascista. O inimigo desse movimento não é o fascismo, mas sim a liberdade, a paz e a prosperidade", diz trecho do artigo.

O IMB foi motivo de polêmicas no ano passado quando deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) citou uma pós-graduação no instituto para engordar o currículo com o objetivo de assumir a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

O curso, iniciado e não-concluído, se tratava de uma especialização em Escola Austríaca. Essa linha de pensamento é uma das “modas” dos novos liberais brasileiros que exaltam Mises.

https://twitter.com/Mises_Brasil/status/1268169873353510912