O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, disse neste domingo (5) que um fato possui "várias versões" e negou que tenha ajudado na disseminação de notícias falsas durante as eleições de 2018. Hang é um dos investigados pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito das fake news.
"Eu nem sei o que é uma fake news. O que é uma fake news? Um fato tem várias versões. A versão que você encampa depende do lado que você está", disse o bolsonarista ao jornalista José Fucs, do Estado de S. Paulo.
"Tudo começou dez dias antes do segundo turno das eleições presidenciais, quando saiu aquela notícia de que empresários tinham impulsionado mensagens pró-Bolsonaro pelo WhatsApp. Até hoje não apresentaram nenhuma prova de que aquilo era verdade, até porque eu não fiz isso", completou.
Apesar de dizer que é uma invenção do PT, empresário é investigado no STF como um dos principais financiadores de uma rede que dissemina fake news e ataques contra a Corte. No dia 27 de maio, Hang foi alvo de busca e apreensão no inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes e teve seu sigilo bancário quebrado.
O ministro Og Fernandes, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apontou no dia 13 de junho que Hang é o elo que justifica o compartilhamento de informações entre o inquérito conduzido pelo STF e a ação que pode cassar a chapa Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão no TSE.