O suposto plano de Osmar Terra e Onyx Lorenzoni de vazar uma conversa para a imprensa com o objetivo de fritar um ministro do governo Bolsonaro usado contra o ministro Henrique Mandetta, da Saúde nesta quinta-feira (9), já havia sido aplicado pelo próprio Onyx. Na ocasião, a tática funcionou e Gustavo Bebianno foi demitido.
Em 20 de fevereiro de 2019, Lorenzoni ligou "por engano" para um jornalista do O Globo durante uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro em que o ex-capitão falava sobre o ex-ministro da Secretaria de Governo.
No diálogo, Bolsonaro escala Lorenzoni para negociar um acordo com Bebianno para que o ex-ministro não o ataque. O atual ministro da Cidadania era o responsável pela Casa Civil.
"A Folha deu uma nota e o Antagonista acabou de reproduzir e ele (Bebianno) acabou de ligar e pediu para tirar. Que é o seguinte… Que ele estava preparando documentos e não sei o quê para atacar. [...] Então, agora, no fim da tarde, para tu saber, eu vou lá dar uma conversada com ele”, disse o ministro da Casa Civil.
"“Se ele [Bebianno] me cobrar individualmente o mínimo, eu tô fodido. Tem que vender uma casa minha para poder pagar”, comentou o presidente.
Na conversa desta quinta-feira, Onyx afirmou que Mandetta “não tem compromisso com nada que o Bolsonaro está fazendo” e que deveria ter demitido o ministro. Terra, cotado para ocupar a pasta em caso de demissão de Mandetta, afirmou que o ministro deveria “se adaptar ao discurso do Bolsonaro” e que ele “se acha”.