Oposição critica ameaça de Bolsonaro sobre cortes em programas sociais

Parlamentares da oposição ao governo Bolsonaro criticaram ameaça de suspensão de pagamento de programas sociais por parte do presidente caso Congresso não aprove pedido de crédito suplementar. Para eles, a declaração é mentirosa e chantagista e seria uma forma de "pedalada fiscal", motivo pelo qual membros do atual governo foram favoráveis à derrubada da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Foto: Marcos Corrêa/PR
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Parlamentares e lideranças da oposição ao governo Bolsonaro criticaram o presidente por ameaça de suspensão do pagamento de programas sociais caso não haja aprovação de crédito extra. Para eles, a declaração é mentirosa e chantagista. O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-SP) afirmou ser importante analisar o PLN4, que libera R$ 248,9 bilhões em créditos suplementares ao governo, mas criticou a retórica de Bolsonaro. "Não acredito e não cairei na chantagem de Bolsonaro de que essa é a única forma de garantir o pagamento de aposentados e de programas sociais e demais direitos. Bolsonaro é inábil e autoritário. Chantageia a democracia e as instituições, tentando jogar os aposentados, beneficiários do Bolsa Família e da agricultura familiar na pressão pela liberação do crédito suplementar sem nenhum debate sobre a política econômica e suas consequências", publicou Lopes no Twitter. A líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali, disse que o PLN4 é uma forma de burlar a "regra de ouro"."O Governo diz que o PLN4 é imprescindível, mas na verdade é uma burla à chamada regra de ouro. Pedem dinheiro para pagar juros, mas não podem confessar. Aí fazem chantagem e terrorismo. Para os gastos sociais o orçamento já está garantido. Governo mente mais uma vez", tuitou. Outra que foi às redes criticar a declaração foi a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e comparou o caso com as acusações de "pedaladas" feitas contra Dilma Rousseff: "A PLN4 é o que libera o governo de 'pedalar'. Dilma nunca cometeu crime, o golpe foi vil. E ela ainda teve que ouvir a defesa de seu torturador no plenário por esse aí. Vou analisar de acordo com o país e com PT, mas, com os cortes da educação e capitalização da previdência? É não!"