Policial Federal com distintivo da Swat que escoltou Lula é apoiador de Bolsonaro nas redes sociais

Nas redes sociais, o policial federal Danilo Campetti se apresenta com o mesmo uniforme com a insígnia da Swat, ostentando também outra bandeira que carregou em 2018: "Bolsonaro 17"

O policial federal Danilo Campetti (Foto-montagem: Ricardo Stuckert/ Facebook)
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A cena, registrada pelo fotógrafo Ricardo Stuckert, em que Lula deixa o velório do neto Arthur, neste sábado (2), escoltado por um policial federal fortemente armado, ostentando o distintivo da “Miami Police – S.W.A.T.” tornou-se símbolo da submissão brasileira aos interesses dos Estados Unidos e, mais uma vez, mostra que ainda há muita informação não revelada sobre a prisão do ex-presidente. Leia também Policial com distintivo da Swat que escoltou Lula estaria com Bolsonaro durante facada em MG Bia Lula: Vi lágrimas do meu avô pingarem no rosto de Arthur Nas redes sociais, o policial federal Danilo Campetti se apresenta com o mesmo uniforme com a insígnia da Swat e a descrição: "Agente PF - GPI/SP -Prof. Armamento e Tiro/PF-Prof.Segurança Dignitários/PF-?SWAT/MIAMI-?91-CAT/PCERJ". O detalhe é que ele usa uma imagem de perfil ostentando também outra bandeira que carregou em 2018: "#tchauPT. Agora com o mito", diz a foto do perfil, que também já foi ornamentada com a frase "Bolsonaro 17: Muda Brasil de verdade". Econômico em suas postagens, o policial federal que fez a escolta de Lula segue a linha do líder, com publicações que mostram que, também para ele, "bandido bom é bandido morto". Na imagem de capa, Danilo tem uma imagem de um cavaleiro das cruzadas se abaixando para Jesus Cristo. Nas postagens, críticas à mídia "sem credibilidade", divide espaço com compartilhamento de textos elogiando a Ditadura Militar, escrito pelo jornalista Alexandre Garcia, ex-assessor de João Figueiredo e apoiador de Bolsonaro. A Fórum tentou contato com a sede da Polícia Federal, em Brasília, para esclarecer o caso. Em todas as tentativas, uma gravação dizia que a PF atendia fora do horário comercial em sistema de plantão. No entanto, ao transferir, ninguém atendia à ligação. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.