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O procurador da Justiça da Bahia, Rômulo de Andrade Moreira, lamentou nesta quinta-feira (15) o desconforto gerado pela punição que sofreu pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), acusado de ofender a honra de Jair Bolsonaro na época das eleições. Em suas redes sociais, o procurador disse que quem mais sofreu com a punição foi "a família e a democracia".
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"Essa punição do CNMP foi um desconforto. Menos para mim, e mais para a família e para a Democracia. Porém, algo valeu a pena: o tanto de carinho e solidariedade que recebi. O que mais me tocou, no entanto, foi o 'apoio' dos colegas do MP/BA. Contei-os todos. E só precisei das mãos", escreveu o procurador em seu Twitter. Logo depois das eleições do ano passado, Moreira havia escrito em um blog que o presidente eleito era um “bunda-suja, fascista, preconceituoso, desqualificado, homofóbico, racista, misógino, retrógrado, arauto da tortura, adorador de torturadores, amante das ditaduras, subserviente aos militares”.
Pela decisão do Conselho Nacional, Moreira ficará um mês afastado de sua atividades profissionais sem receber salário. Para o relator do caso, o vice-procurador da República, Luciano Maia, o procurador "violou deveres legais de manter pública e particularmente conduta ilibada e compatível com o exercício do cargo e de zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas funções, e pelo respeito aos membros do Ministério Público, aos magistrados e advogados".
Depois da decisão, Moreira ainda deixou aviso nas redes sociais: "Eu, Rômulo Moreira, punido por delito de opinião, em plena democracia no século XXI. Precisamos estar atentos!", comentou.
https://twitter.com/romuloamoreira/status/1161846323940876288