A tropa de choque da Polícia Militar ganhou os holofotes durante a votação da reforma da Previdência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Sob o comando o governo de João Doria, os policiais promoveram uma forte repressão e agrediram servidores públicos que acompanhavam a sessão.
Nas redes sociais, diversos vídeos começaram a circular expondo a ação repressiva que ocorria nos corredores da Alesp. A deputada estadual Marcia Lia (PT) foi uma das que denunciou os ataques: “Por que essa violência contra os servidores públicos? Chega de agressões. Tropa de choque?”.
A deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL) também criticou a repressão. "Escalada autoritária dentro da Alesp recebe servidores com gás de pimenta e bomba. "Governo de SP quer aprovar a reforma da previdência sem a presença do povo. Estamos do lado da democracia e dos trabalhadores! #ReformaÉGolpe #DoriaInimigoDosServidores", tuitou.
Manifestantes ficaram feridos e parlamentares foram atingidos por spray de pimenta. Doria disse que os servidores praticavam vandalismo. “Não posso deixar de registrar meu repúdio aos atos de vandalismo presenciados durante a votação, dentro e fora da Alesp. Depredação do patrimônio público, intimidação aos parlamentares, agressão a policiais e desrespeito à democracia”, disse.
As mudanças aprovadas pela Alesp nesta terça entrarão em vigor em 90 dias após a publicação do projeto. Os que já cumpriram os requisitos para se aposentar não serão atingidos pela reforma, mas terão que pagar uma alíquota maior. O tempo de contribuição foi cravado em 25 anos, com idade mínima de 62 anos para as mulheres e 65 para os homens.
A proposta também aumentou de 11% para 14% a contribuição previdenciária dos servidores estaduais.
Confira abaixo alguns dos vídeos compartilhados nas redes: