Anvisa se reúne novamente nesta sexta-feira para decidir se autoriza ou não a Sputnik V no Brasil

Na reunião extraordinária, agência também vai decidir se autoriza a Covaxin, vacina indiana contra a Covid

Foto: Divulgação/Sputinik V
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marcou para esta sexta-feira (5) uma nova reunião extraordinária em que vai decidir se autoriza ou não a importação para uso emergencial da Sputnik V e da Covaxin, vacinas russa e indiana, respectivamente, contra a Covid-19.

Assim como nas outras reuniões do tipo, o encontro será transmitido ao vivo nos canais oficias da Anvisa na internet, a partir das 10h.

Desde o ano passado que o Brasil aguarda a aprovação da Sputnik, que já é aplicada 66 países, que juntos têm uma população de mais de 3,2 bilhões de pessoas. A última vez que a Anvisa analisou um pedido de autorização de importação e distribuição da vacina russa no Brasil, em abril, e que foi negado, foi marcada por atritos entre o Centro Gamaleya e a agência reguladora.

A Anvisa desautorizou o uso do imunizante no Brasil alegando que insuficiência de informações sobre sua segurança, sob o argumento de que há adenovírus recombinantes na vacina, o que, segundo ele, não deveria acontecer. Os diretores técnicos do órgão classificaram isso como uma “não-conformidade grave” e afirmaram que não foram feitos estudos sobre segurança diante deste vírus recombinante.

O centro Gamaleya, no entanto, rebateu, afirmando que a Anvisa "espalhou informações falsas" e que sequer as amostras da vacina foram testadas. Os russos, inclusive, chegaram a afirmar que processariam a agência reguladora brasileira.

Alguns estados brasileiros, como Maranhão e Ceará, já têm contratos firmados para a compra de doses da Sputnik, e apenas aguardam a liberação da Anvisa. O imunizante, segundo a respeitada revista científica The Lancet, tem eficácia de 91,6% contra a Covid.