Lula vai à Europa em novembro para 10 dias de reuniões políticas; veja os países

Ex-presidente passará por diferentes lugares e estará acompanhado do ex-chanceler Celso Amorim

Lula visita monumento em homenagem a Rosa Luxemburgo em Berlim, Alemanha, em março de 2020 (Foto: Ricardo Stuckert)Créditos: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula (PT) segue sua jornada de articulações políticas e, a partir de novembro, essa agenda entrará na etapa internacional. Na primeira quinzena do próximo mês, o petista embarcará para a Europa e passará por inúmeros países para reuniões com lideranças, chefes de Estado e empresários.

À Fórum, a assessoria de imprensa do ex-mandatário confirmou que, no roteiro, estão passagens por França, Bélgica, Alemanha e Espanha e que a viagem deve durar em torno de 10 dias.

Segundo o ator José de Abreu, que deve se candidatar a deputado federal pelo PT nas próximas eleições, Lula "irá ao Parlamento Europeu em Bruxelas, receberá um prêmio na França, encontrará com líderes da centro-esquerda alemã e debaterá com empresários em Madrid".

Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores, deve acompanhar Lula na agenda internacional.

“A viagem tem um aspecto saudosista. Será refeita a dupla Lula/Celso Amorim, responsável pela política de relações externas ativa e altiva, que colocou o Brasil no mapa internacional como um país em expansão, cujo crescimento mereceu, no ano de 2009, uma capa da respeitada revista The Economist, em que o Cristo Redentor decolava, para sintetizar o que era o Brasil naquele momento", afirmou a jornalista Denise Assis em sua coluna no site Brasil 247.

Lula e as articulações internacionais

Durante passagem por Brasília no início de outubro, Lula se encontrou com os embaixadores de Angola, Moçambique, Zimbábue e Botsuana.

Segundo Lula, a pauta do encontro foi a cooperação Brasil-África. “Temos uma imensa dívida com o continente africano. E sonhamos juntos em construir uma relação solidária, produtiva, educacional e científica”, escreveu o petista ao postar uma foto com os representantes diplomáticos.

Pouco antes, em setembro, o ex-presidente, logo após a vitória do Partido Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda, nas eleições da Alemanha, se reuniu com representante de entidade política ligada à sigla alemã no Brasil.

Junto com a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), Lula esteve com Christoph Heuser, da Fundação Friedrich Ebert Brasil, cuja matriz alemã é associada ao SPD.

“Junto com Lula tive a satisfação de receber Christoph Heuser, da Fundação Friedrich Ebert, do SPD, partido q ganhou maior número de cadeiras no parlamento alemão. Parabenizamos a vitória e desejamos q o governo da social democracia seja p/ampliar o bem estar do povo!”, escreveu Gleisi ao publicar uma foto do encontro em suas redes sociais. Lula, por sua vez, compartilhou a imagem em seu perfil oficial.

Após o encontro, o PT divulgou uma carta, assinada por Lula e Gleisi, saudando a vitória dos SPD na eleição alemã. “Estamos certos de  que sob a liderança do SPD, a Alemanha irá contribuir para um mundo mais equilibrado, multipolar e solidário, que reflita a geopolítica do século XXI”, diz um trecho do documento.

No início deste ano, em maio, Lula foi à Brasília e já havia se reunido com embaixadores. Entre os representantes internacionais que o ex-presidente encontrou na ocasião, estão os embaixadores da África do Sul, Alemanha, Reino Unido, Venezuela e Cuba.

Em março de 2020, apenas 4 meses após sair da prisão, o petista já havia feito uma viagem à Europa para reuniões políticas.