Impeachment de Trump: Nancy Pelosi fala em "terrorismo doméstico" e diz que o presidente quer um "confronto sangrento"

A presidenta da Câmara dos Representantes dos EUA fez um duro discurso durante a sessão que irá votar o impedimento do mandatário

Reprodução/Câmara dos Representantes
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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deu início na tarde desta quarta-feira (13) à sessão que deve aprovar o pedido de impeachment apresentado pelo Partido Democrata contra o presidente Donald Trump. Soldados da Guarda Nacional acampam no Capitólio para evitar que surjam novos tumultos como os que ocorreram na última quarta-feira, quando golpistas pró-Trump invadiram o Congresso.

"Sabemos que o presidente dos Estados Unidos incitou uma insurreição, uma rebelião armada contra nosso próprio país. Ele deve ir embora, ele é um perigo claro para a nação que todos amamos", disse a presidenta da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, na abertura da sessão. "O presidente precisa ser impedido", completou.

Pelosi ainda falou em "terrorismo doméstico". "Esses insurgentes não eram patriotas. Eles não faziam parte de uma base política a ser cuidada e administrada. Eles eram terroristas domésticos e a justiça deve prevalecer", disparou a democrata.

Ainda segundo ela, o presidente apoiou a insurreição com o objetivo de se manter no poder e "terminar em um confronto feroz e sangrento, após quase dois séculos e meio de nossa democracia".

A pauta foi colocada em votação após o vice-presidente, Mike Pence, afirmar a Pelosi que não iria convocar a 25ª emenda da Constituição estadunidense para afastar Trump por incapacidade.

O impeachment deve passar facilmente na Câmara baixa, com o apoio de democratas e de alguns republicanos. O 45º presidente vai se tornar o primeiro na história do país a ser submetido ao julgamento político duas vezes.

No texto, assinado por mais de 200 parlamentares democratas, o presidente é apontado como uma ameaça à segurança nacional e à democracia por ter incitado uma “insurreição” – a invasão do Capitólio.

Com informações da CNN