O procurador regional eleitoral Paulo Taubemblatt, do Ministério Público Eleitoral (MPE), deu parecer contrário à ação movida pelo deputado Alexandre Padilha (PT-SP) que questiona a mudança de domicílio eleitoral de Sergio Moro (União) do Paraná para São Paulo.
Em parecer emitido nesta segunda-feira (23), Taubemblatt primeiramente questiona a legitimidade de Padilha entrar com a ação dizendo que "somente os partidos políticos e o Ministério Público Eleitoral" estariam aptos "a recorrer contra o deferimento de transferência eleitoral".
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No documento, o procurador cita ainda a "declaração emitida pela Gerência-Geral do Hotel InterContinental, acompanhada de descritivo de datas, atestando que o recorrido utilizou-se das estruturas deste hotel, por meio da locação de quartos e salas de reunião, desde dezembro de 2021, até o mês de março de 2022, hospedando-se pessoalmente, com sua esposa e com profissionais da sua equipe".
O endereço do hotel foi usado por Sergio Moro para comprovar "domicílio" na capital paulista. Na ocasião, ele estava trocando o Podemos pelo União Brasil, partido pelo qual ele e a esposa, Rosangela Moro, estudam se candidatar a uma vaga na Câmara Federal.
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O procurador ainda justifica sua decisão citando o " título de Cidadão Honorário de cidades paulistas, além de diploma conferindo-lhe, em 2019, o grau de Grã-Cruz da Ordem do Ipiranga, a mais elevada honraria do Estado de São Paulo" para mostrar a ligação de Moro com o estado.
Além disso, cita um "contrato de locação de imóvel residencial situado na capital paulista, firmado por sua esposa, Rosângela Maria Wolff de Quadros Moro".
Além do processo movido pelo deputado, Moro enfrenta outras ações que questionam a mudança de domicílio eleitoral para São Paulo.
Veja a íntegra do parecer