ANDRÉ JANONES

Janones e Lula fazem mais que o triplo de interações que Bolsonaro, Flávio, Eduardo, Zambelli e Jordy juntos

Cálculo e do analista de redes sociais Pedro Barciela e se refere às interações sobre auxílio no último mês

Lula e Janones.Créditos: Reprodução/Twitter
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O deputado federal André Janones (Avante) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizeram três milhões e meio de interações entre os 30 posts que mais engajaram sobre o Auxílio Emergencial.

O número, de acordo com levantamento do analista de redes sociais, Pedro Barciela, é mais do que o triplo do que fizeram somados o presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL), os deputados federais, Eduardo Bolsonaro (PL), Carla Zambelli (PL) e Carlos Jordy (PL), que não chegam a um milhão de interações sobre o tema.

Janones comenta

O próprio André Janones fez um longo comentário em sua conta do Twitter nesta segunda-feira (15). Ele pede para que os internautas reparem nos comentários dos seus posts do Facebook: “Observem que é bem equilibrada a aceitação e a reprovação à minha união com Lula. Porém, se você medir as reações, verá que a maioria esmagadora é favorável cerca de 90%. É que por lá, as pessoas não brigam por políticos, mas sim pela solução dos problemas que as afligem.”

O deputado lembra que “é aí que o bolsonarismo age, utilizando esse ‘silêncio’ para criar uma emulação de realidades, que consiste basicamente em se gerar uma falsa sensação de adesão maciça a determinada pessoa/tema”, diz ele.

“O objetivo é criar um ‘medo’, que impeça as pessoas de se mostrarem publicamente contra aquilo que defendem. Utilizando para isso robôs, Fake News e outros métodos ilícitos”, conta.

Para ele, “é uma espécie de opressão moderna, tática comum de todo regime fascista, porém agora com uma roupagem moderna. Assim, eles vão transformando o que, inicialmente, era uma realidade paralela, em uma realidade fática”.

“Mas e o Twitter?”, pergunta o deputado. “Bem, o sucesso por aqui, serve somente para motivar a militância. Aqui falamos para dentro das campanhas, ou seja: falamos apenas com aqueles que já tem o voto consolidado. É dispensável então? Não, afinal o efeito psicológico é um dos fatores que influenciam no resultado de uma eleição.”

E prossegue: “basta ver os efeitos devastadores (sejam positivos ou negativos) de pesquisas eleitorais entre os militantes de qualquer campanha. Devemos dar ao Twitter, assim como a todas as outras redes, a importância e a utilidade que cada uma tem. Toda rede é uma bolha, porém, se cada uma dessas ‘bolhas’ for trabalhada considerando as suas características e peculiaridades, teremos maior efetividade e sucesso nas redes, e ajudaremos a salvar nossa democracia”.

E conclui: “não existe genialidade na tática deles, é tudo muito simples e talvez justamente por isso sejam tão efetivos. Ações com uma coordenação centralizada e que se espalham de forma rápida e efetiva. Esses são os princípios que colocam nossa democracia em risco. E como impedi-los? Apresentando a verdade e lutando com as mesmas armas, a mesma organização e na mesma arena que eles: as redes sociais”.