ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro ataca Fux: "deveria responder no inquérito do Alexandre de Moraes" por fake news

Em entrevista, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral e disse que as Forças Armadas propuseram a filmagem da votação em 600 urnas eletrônicas como maneira de auditar os votos.

Jair Bolsonaro e Luiz Fux.Créditos: STF
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Disposto a esgarçar a relação com a alta corte do judiciário em meio à disputa eleitoral, Jair Bolsonaro (PL) atacou na manhã desta terça-feira (2) o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que afirmou nesta segunda-feira (1º), na reabertura da corte após o recesso, que "nossa democracia conta com um dos sistemas eleitorais mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo".

"Prezado, Fux: qual país do mundo desenvolvido adota nosso sistema? O [ex-presidente do TSE, Luís Roberto] Barroso esteve na França nas eleições agora, de poucos meses, e voltou elogiando o sistema francês, só não falou que o sistema lá é no papel. Então, que maravilha de sistema é esse que ninguém quer a não ser Bangladesh, Butão, Venezuela parece que usa esse negócio ai. Então, com todo respeito ao Fux [...], mas no mínimo, para ser educado, equivocado. Ou fake news.  Que deveria estar o Fux respondendo processo no inquérito do Alexandre de Moraes, se fosse um inquérito sério e não essa mentira, essa enganação, que são esses inquéritos do Alexandre de Moraes", atacou.

Na entrevista à Rádio Guaíba, com o aliado Alexandre Garcia na bancada, Bolsonaro dedicou boa parte do tempo a atacar o sistema eleitoral, chamou Barroso de "criminoso" e defendeu uma proposta que segundo ele foi levada pelas Forças Armadas para filmar a votação em 600 urnas eletrônicas.

"Como é que feita esse teste. Começou a eleição agora, essa uma das 600 vai para um canto. Ai bota uma reserva no lugar daquela e nessa as pessoas vão votando, sabendo que estão sendo filmadas e no final do dia, com esse filme pronto, você quem a pessoa digitou... Foi tantos votos para o Onyx Lorenzoni, tantos para o Heinze... Porque se tiver um programa malicioso vai pegar. E o TSE até o momento não respondeu isso daí. Porque não respondeu?", indagou.