Integrantes do Ministério da Defesa admitiram, pela primeira vez, em conversas reservadas, que estão se preparando para realizar uma contagem paralela de votos nas eleições deste ano. A medida tem sido cobrada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) desde abril.
O mais provável até agora, de acordo com reportagem de Felipe Frazão, no Estadão, é que uma contagem patrocinada pelos militares use os boletins impressos pelas urnas eletrônicas após o encerramento da votação.
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Outra alternativa avaliada para a contagem paralela seria ter acesso a dados retransmitidos pelos tribunais regionais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Decisão não oficializada
A decisão de realizar a totalização de votos por conta própria ainda não foi oficializada, tampouco comunicada ao TSE. De acordo com militares lotados no comando da Defesa, que têm acompanhado o processo de fiscalização das urnas junto ao TSE, tudo depende de uma decisão do ministro da pasta, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
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Militares que montaram uma equipe própria para a tarefa, formada por dez oficiais da ativa do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, dizem que o “acompanhamento da totalização” é parte do plano de fiscalização das urnas.
A Defesa afirma que age de forma técnica para contribuir com o aperfeiçoamento da segurança e transparência do sistema.
A soma de votos pelas Forças Armadas é uma missão não prevista na Constituição nem nas diretrizes de Defesa Nacional. A Corte Eleitoral tem a missão exclusiva de promover as eleições, apurar e proclamar o resultado.
Com informações do Estadão